
Subindo a escadinha de classes no Brasil
O capitalismo deu certo no Brasil? Dar certo é um julgamento subjetivo, mas que objetivamente é um capitalismo dependente, isso é. E isto explica a nossa sociedade de classes.
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Para ver todas as fontes e referências, confira a descrição do vídeo, no Youtube. Abaixo, trecho de uma das referências do vídeo:
Capitalismo dependente, Autocracia Burguesa e a Revolução Social em Florestan Fernandes
Uma das contribuições maiores de Florestan Fernandes às Ciências Sociais reside na sua capacidade de problematização e na problemática inovadora que soube construir para pensar o Brasil e o subdesenvolvimento em termos de capitalismo dependente. Desse modo, este trabalho se dedica a uma parte importante desta problematização e desta problemática, especialmente ao papel central que nelas cabe às classes sociais, aos conflitos de classe e a questão da revolução como alternativa histórica para o capitalismo dependente. Nele me empenho principalmente em recuperar a argumentação e a construção do problema em Florestan Fernandes.
Florestan não aceita os “dados” oferecidos pelo conhecimento comum e pelas ideologias dominantes como se de fato fossem dados. Assim, não se deixa cair nem na ingenuidade de tomar como realidade a empírica imediata, nem no dogmatismo das teorias acabadas, que tudo “explicam” antes mesmo de se confrontarem com a prática factual e concreta.
Florestan recorre a toda a sua formação teórica e se debruça com afinco sobre as análises disponíveis para — sob a orientação dessas teorias e dessas análises, e sempre no rumo da transformação social — pensar e explicar o Brasil, na sua organização e nos seus conflitos, passados e atuais, e nas perspectivas que se abrem para o seu futuro. Nega as “explicações” correntes, como a do subdesenvolvimento enquanto atraso, ou como a que recorre a processos sociais (de urbanização, de industrialização…) como se eles fossem em si mesmos explicativos. Nega, também, as propostas decorrentes destas supostas “explicações”, como a da superação do subdesenvolvimento através da aceleração do crescimento econômico.
Continue lendo: http://www.iea.usp.br/publicacoes/textos/limoeirocardosoflorestan1.pdf