
Enquanto o arroz bate recorde de preços…
…o agronegócio bate recorde de lucros.

E o Movimento Sem Terra (MST), mais uma vez, tá batendo um bolão. A organização é a maior produtora de arroz orgânico da América Latina.
E tem solução?
Para combater a inflação, o governo anunciou que pode zerar o imposto de importação para baratear o preço de itens da cesta básica – o que inclui o arroz. O problema é que, além de ser uma medida apenas para médio prazo (já que envolve negociações entre países e fretes demorados), faz algum sentido o Brasil bater recorde de exportação de arroz… e o povo ter que importar arroz? Só mesmo para os empresários, que recebem em dólares vendendo no mercado internacional.
O pior disso tudo é saber que o Brasil já passou por esse problema antes e já tinha desenvolvido uma solução.
O mesmo Bolsonaro que quer zerar o imposto de importação praticamente ACABOU com o estoque de alimentos estratégicos (saiba mais aqui), que viabilizava a Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) da Conab. Se o programa estivesse funcionando como deveria, a Companhia Nacional de Abastecimento conseguiria reduzir a flutuação de preços, proteger pequenos produtores e garantir que, em caso de um possível desabastecimento ou numa situação como a atual em que os empresários estão preferindo exportar, os estoques públicos alimentassem a população.
Esse é o poder de uma política pública pensada para o bem comum da sociedade. O problema é que, para funcionar, é necessário um governante que privilegie a vida das pessoas, não o lucro do agronegócio.